Humanos X Sistema (NOVEL) - Capítulo 11
Na estrada calma e vazia. Kytes e Corlin estão rentes a aqueles dois inimigos.
– Então você não sabe… – Resmungou Kytes. – De qualquer forma, qual o nome de vocês?
– O meu é Cássio, o barão. O dela é Elena. – Respondeu o homem.
Kytes deu um longo suspiro e se aproximou de Cássio, logo colocou sua mão sobre seu rosto. Cássio fechou os olhos e sentiu a mão pesada em seu rosto, em pouco tempo essa mão foi retirada. O rosto do homem havia voltado ao estado habitual. Sua pele se tornou lisa e clara, seus olhos eram firmes e cerrados e ele não aparentava ter mais de 16 anos.
– Hê?! – Gritou espantada Elena.
– Bem, eu já retirei o estrago que o “sistema” faz nos corpos de vocês, agora eu vou dormir, se quiserem me esperar ou dá no pé, vocês que decidem. – Disse Kytes enquanto dava suas costas e ia andando. – Vamos, Corlin?
– S-sim! – Corlin começou a segui-lo, mas nem mesmo ela conseguiu acreditar no que Kytes foi capaz de fazer. – Vamos voltar pro alojamento?
– Não.
Kytes estendeu sua mão, apontando para lugar nenhum. O chão começou a tremer como um se tivesse havendo um terremoto, e da terra se ergueu uma grande casa com parede de aço, ela ocupou a rua inteira.
– Vamos passar a noite ai. – Comentou Kytes.
– … – Corlin ficou impressionada e respondeu com absoluto silêncio.
– Ah! Quase esqueci, se vocês quiserem, podem usar o primeiro andar. – Comentou Kytes para aqueles dois. – Vamos, Corlin.
– Quarto separado, por favor! – Retrucou Corlin.
– … Pô velho, achei que ia dar bom. – Kytes ficou meio para baixo. – Tudo bem, tem quartos pra caramba ai.
Corlin começou a andar junto a Kytes e os dois subiram para segundo andar. Cada um ficou em um quarto diferente. Kytes utilizou um quarto com cama de casal, ele apenas se deitou e ali mesmo dormiu.
Em seu sonho, o lugar era iluminado por um luz branca, esta que vinha de lugar nenhum e iluminava todo o lugar com o mesmo fervor. Kytes estava sentado numa cadeira, perante uma mesa comum. Estando na sala de uma casa, viu mais adiante uma moça, ela era muito bela e tinha longos cabelos negros, estava preparando algo na cozinha. Kytes se levantou e foi até a moça, ela estava cortando alguns legumes.
– Oi! – Cumprimentou Kytes.
– Bom dia. – Retruco a mulher.
– Como vai a senhora?
– Vou indo bem, o trabalho tá me quebrando, mas não tem o que fazer. – Respondeu a moça que tinha uma pele morena e olhos castanhos.
– Hum… Quer que eu ajude?
– Você acha que eu não consigo?! – Ela estava levemente irritada.
– Você realmente não consegue, quem faz a comida sempre foi o pai. – Retrucou firmemente Kytes.
– Tsc! Vaza daqui pivete! – Ela enxotou Kytes para fora dali.
Kytes voou alguns metros, pois havia recebido uma forte bica no rabo.
– Bem, falando nisso, onde está o pai? Ele nunca se atrasa. – Perguntou Kytes.
– De acordo com aquele maldito, teve que resolver algumas coisas que surgiram de última hora. – Respondeu a mulher irritada.
– Ele não poderia simplesmente destruir tudo? Afinal, ele é o bardo da destruição.
– … Ele não disse o que era, mas provavelmente é algo grave. – A moça fico algum tempo em silêncio, depois continuou a falar. – E a Corlin, não veio com você?
– … Ela perdeu as memórias, de novo…
– Você é um inútil mesmo em! Parece seu pai, só sabe pegar, nada de zelar. Bem, desde que ela não morra, você sempre terá uma segunda chance.
–…
– Sente-se ai, já está pronta.
– Sim.
A moça foi com uma panela enorme, cheia de caldo de mandioca e a colocou na mesa. Logo em seguida pegou alguns pratos e colocou ali, mesmo que só estivessem os dois na casa, colocou pratos a mais, como se esperasse visitantes de última hora.
– Mãe… obrigado por vir me visitar. – Disse Kytes meio atordoado.
– Eu não posso vir toda vez, graças ao meu trabalho de controladora de existência, mas se for urgente, é só gritar pelo meu nome!
– Obrigado. Vou fazer questão de comer tudo, mesmo que esteja horrível.
– Ei! Isso é rude!
No mundo do imortais, Zelum:
No planeta Zelum, onde habita imortais, 150 seres capazes de destruir uma galáxia com um estalar de dedos, foram mortos por um único homem. Este homem carregava em suas costas um bandolim e vestia roupas leves da idade média.
– … Não consigo acreditar, ele realmente perdeu para esses lixos?! – Comentou o homem.
Quando ele ainda olhava para o horizonte de destruição que acabou de causar, viu mais um inimigo vindo em sua direção, na velocidade da luz, ele tentou tocá-lo.
– Opa, mais um! – Comentou o homem, que dirigiu seu soco ainda mais rápido que o inimigo e arrancou-lhe a cabeça, está que saiu voando sem paradeiro. – Caralho, to quase superando o menino ney.
Quando estava pronto para caçar mais oponentes, viu em sua frente chegando três seres. Eles eram muito altos, tinham por volta de 2,30 centímetros, estavam vestidos com manto branco e tinham uma aura de serem importantes.
– Eu sou enviado de Ragnar, esse humilde ser lhe pergunta, o que fizemos que causou a fúria do Bardo da destruição? – Perguntou o que estava no centro.
– É simples. – Comentou o homem, com rosto amigável, mas que não durou muito, pois suas veias pularam para fora, revelando seu odio. – Nasceram!
O homem pegou seu bandolim e tocou em uma de suas cordas, no mesmo instante aqueles três homens tiravam suas cabeças decepadas e aquele planeta partiu-se no meio.
– … Esses cara usam esse tal “sistema”, mas são tão fracos. Kytes, meu garoto, como você perdeu para uns inúteis desses? – Disse o homem, em seguida colocou seu bandolim nas costas e sentou-se ali.