Humanos X Sistema (NOVEL) - Capítulo 10
Kytes, abriu seus olhos lentamente, pronto para ver o que estava diante dele. A sua frente estava a moça que lhe injetou veneno através de um beijo e Corlin com a guarda alta. Ao que parece, não se passaram nem dez segundos com ele desmaiado, mesmo que esse tempo tenha parecido dias para Kytes…
Ele se apoiava no colchão abaixo dele, então ergue seu corpo lentamente. Ainda enquanto observava a mulher de costas, desceu dele sem fazer nenhum ruído. Corlin olhou por alguns segundos para Kytes, o que alertou a inimiga. Ela se virou rapidamente para ver o que acontecia e ao ver o homem intacto, ficou pasma, como se tivesse visto um fantasma.
Com uma tentativa infame, com chances de dar certo quase nulas, a mulher dirigiu veneno de teu corpo para a mão e atacou Kytes, buscando seu coração. Ainda enquanto o braço da mulher ia em alta velocidade, foi cortado e saiu voando sem paradeiro. A mulher soltou um grito de dor interminável, enquanto com a outra mão segurava o resto de braço que lhe sobrou, ela em seguida caiu de joelhos.
Kytes ficou alguns segundos em silêncio, ouvindo os berros da mulher. Inesperadamente, o braço dela se regenerou como se ela fosse o próprio Kytes, mas sem que ela pudesse reagir, desmaiou. Ele colocou um veneno de sono com paralisia nela, e injetou isso quando cortou lhe o braço. Kytes estava indiferente, como um robô.
– Tem outro… – Comentou Kytes.
– Quê?! – Perguntou Colin.
– Cem metros daqui…
Kytes soltou um pique e agarrou Corlin pela cintura, ela nem teve opção de recusar. Ele desceu pelas escadas do estabelecimento apressado e saiu do lugar. Na rua, não parou, e apenas continuou indo até encontrar o próximo inimigo, o que não demorou. Um homem com uma mascara de madeira e um manto negro. Enquanto Kytes se aproximava, uma estaca de madeira começou a surgir do chão, indo em direção ao seu estômago, este que levou sua visão rapidamente até ela e em seguida saltou para o lado, desviando.
– Oshi, o sujeito nem cumprimenta! – Comentou Kytes enquanto colocava Corlin no chão. – Ai Corlin, pode preparar uma arma?
– Sim, eu posso. – Responde Corlin.
– Quanto tempo?
– 5 minutos.
– Muito bem!
Em um instante a diferença entre Kytes e o inimigo foi desfeita. Com o punho fechado, Kytes desferiu um soco contra o rosto do oponente, este que, com as duas mãos, desviou o soco para direita naturalmente, mais naturalmente do que quando se toma um copo de água. Kytes não se deu por vencido e continuou a socar o inimigo na altura do peito, sua pose era como a de um lutador de boxe, o adversário continuou a defender e a cada soco dava um passo para trás.
Kytes respirou fundo e levantou sua mão direita acima da cabeça, quando ia desferir seu ataque ais pesado, teve seu braço perfurado por uma estaca de madeira que surgiu do chão, está nasceu ainda mais rápida do que a outra. Kytes puxou seu braço e perdeu sua mão, que ficou na estaca, como contra medida, ele chutou o inimigo que foi jogado para longe.
– Corlin! – Gritou Kytes.
– Aqui! – Disse Corlin enquanto jogava uma glock para Kytes.
Kytes pegou a arma e desfez a distância em um instante, só que dessa vez surgiu atrás do inimigo e sem hesitar, puxou o gatilho que levou uma bala até as costelas do adversário. Ele soltou um grito de dor, que foi interrompido por algo, em seguida ele caiu ao chão, o impacto acabou trincando sua máscara. Kytes pegou o homem desmaiado nos ombros e o colocou no canto da rua.
– Acho que agora eu devo coletar informação, mas vai ser melhor ter os dois juntos… – Sussurrou Kytes para ele mesmo.
– O que você quer fazer? – Perguntou Corlin.
– Eu vou ir buscar a outra pessoinha, vai ser bom ter informações da base deles, e também… – Respondeu Kytes, ainda que tenha deixado sua frase pela metade.
– Também o quê?!
– Nada, eu vou indo! – Kytes interrompeu a conversa e correu de volta ao estabelecimento.
Ao chegar lá subiu as escadas e pegou a garota, que estava desmaiada, e a jogou nos ombro. Pressinto uma mão boba surgindo. Kytes voltou até onde Corlin estava e colocou a mulher ao lado do homem.
– Hora de acordar. – Comentou Kytes e estalou os dedos da mão direita, nesse instante os dois inimigos se regeneraram e acordaram. – Não tentem me atacar, já tem minhas células em seus corpos, agora só lhes resta redenção ou morte.
– … – Eles ficaram em silêncio, se o que Kytes disse é verdade, seus destinos foram selados.
– Vou pergunta apenas uma vez, vocês usam o “sistema”?
– Como você sabe sobre?! – Gritou a mulher, ela ia se levantando quando o homem a segurou pelo braço e lhe encarou.
– Tsk! malditos humanos, sempre fazendo merda. Quantos?! – Perguntou Kytes.
– Quantos o quê? – Retrucou o homem com dificuldade, sua voz é roca e baixa.
– Quantos morreram, e quantos sobreviveram?
– … – O homem hesitou e ficou em silêncio.
Foi quando uma grande sombra, mais escura que a noite, surgiu atrás de Kytes, sua forma era indecisa como uma fumaça, sua aura era sombria, como se representasse o mal e o ódio em si. Em seguida ela soltou uma palavra com tom ameaçador e presunçoso:
– Responda!
– Quieta o faixo! – Ordenou o Kytes após se virar para trás e olhar para a neblina, em seguida ela se diluiu e Kytes voltou a olhar para aqueles dois, a mulher suava frio. – Responde logo, não to afim de olhar as memórias de vocês.
– Ahr… – O homem retirou sua mascara trincada, deixando a mostra um rosto com as veias estouradas. – Desculpa, mas eu não sei quantos…