Humanos X Sistema (NOVEL) - Capítulo 9.3

Olá! Aqui é o cueio, to passando só pra avisar que vou estar adicionando meus leitores na novel. Se quiser participar, apenas comente, assim me motiva a continuar a história; quanto mais comentários em capítulos diferentes, mas importante vai ser seu personagem na história. Obrigado pela atenção e até outro dia.

Na floresta permeada pela escuridão da noite, Koute e Corlin observavam a perigosa presença que havia surgido. Usando um manto cor de carbono, ele apareceu diante deles de cabeça baixa. Levantou seu rosto e abaixou o capuz.

– Boa noite. – Ele os cumprimentou normalmente.

Koute ficou paralisado por um instante. O resto dele era de um humano, mas sua presença não era menor do que a de um Rei demônio. O homem barbudo era realmente misterioso, carregando consigo uma bolsa cheia de ervas e uma lamparina.

– Boa noite. – Respondeu Corlin.

– Er… boa noite! – Koute hesitou, mas logo respondeu.

– O que vocês fazem por aqui? – Perguntou o homem.

– Eu vivo nessa floresta. Estava caçando por aqui, quando me deparei com essa dríade. Aparentemente, tem uma fera muito perigosa por aqui. – Koute mentiu naturalmente quanto uma respiração.

– Então foi isso… bem, eu sou um caçador. Provavelmente essa fera de que fala é minha presa, mas encontrá-la nesse breu é impossível…

– O senhor veio caçá-las?

– Sim, uma família de nobres soltou elas aqui e acabou sobrando pra mim o trabalho de matá-las.

– …

– Como pedido de desculpas, o que acham de eu levá-los numa caverna aqui perto? Embora tenham algumas pessoas que encontrei aqui na mata, é melhor do que ficar aqui fora.

– Eu agradeceria muito. – Respondeu Koute.

– Me sigam, por favor. –  Pediu o homem e a dupla começou a segui-lo.

– Esse homem não é meio estranho? – Sussurrou Corlin para Koute.

– Realmente, mas não temos muito o que fazer nessa situação… – Respondeu Koute.

– Chegamos. – Afirmou o homem enquanto olhava para uma caverna iluminada por uma fogueira rodeada de pessoas. – Corlin, não é?

– Sim. – Corlin respondeu o caçador.

– Você é um demônio?

– …

– Sua hesitação mostra que estou certo…

– Ondo você quer chegar? – Koute se intrometeu

– Me deixe selar sua magia temporariamente, não quero que aquelas pessoas morram por minha causa.

– Você consegue fazer isso?! – Perguntou Colin animada.

– Apenas temporariamente.

– Entendo… – Seu rosto se entristeceu um pouco.

– Me deixaria fazer isto? É apenas por segurança.

– Não vejo problema.

Koute respirou fundo por um instante. A vida é dela, ela decide em quem confiar, mesmo que possa ser uma armadilha… de qualquer forma, ela só precisa ser forte o suficiente caso dê alguma merda.

– Você está ciente dos riscos, certo, Corlin? – Perguntou Koute.

– Sim…

– Então não vou me intrometer.

– Vamos fazer isso. – Disse Corlin.

– Muito bem. – Respondeu o caçador.

Ele andou até Corlin e tocou sua testa. Recitou uma espécie de feitiço em uma língua incompreensível, fazendo um som parecido com “Oprr Asnfft Tryaanb”. Então uma pequena chama brotou do chifre direito de Corlin e logo em seguida se apagou.

– Está feito. – Disse o caçador enquanto afastava o dedo.

– Vamos lá, então? – Perguntou Koute enquanto observava a caverna.

– Sim. – Respondeu o caçador.

Assim que entraram, uma das pessoas ali presentes se levantou e ficou em guarda, com os nervos à flor da pele. Era um homem de vinte anos, vestia uma couraça de couro e, ao que tudo indicava, era bem treinado.

– Calma, sou apenas eu. – Comentou o caçador.

– Que susto, achei que era um inimigo. – Ele suspirou enquanto embainhava sua espada. Logo ele notou a presença de Koute e Corlin. – Quem são esses dois?

– Eu os encontrei na floresta, foram atacados pela fera.

– Entendi…bem, muito prazer! Me chamo Tyrou! – Afirmou animadamente.

– Eu sou Corlin. – Ela respondeu e logo em seguida apontou o dedo para Koute. – Esse aqui é o Koute.

Tyrou apresentou os dois às outras pessoas da caverna. Apontou para uma garota que aquecia suas mãos na fogueira, uma jovem de olhos e cabelos vermelhos chamada Preti. Ela usava um longo vestido preto.

Em seguida foi Fredi, um homem moreno e careca, com um corpo robusto. Usava uma armadura completa de prata e descansava as costas na parede, com sua alabarda deitada sobre o peito.

Logo mais apontou pra Rita, uma mulher morena e que também estava perto da fogueira. Com olhos esbeltos e seus sedosos cabelos negros, ela usava apenas um sutiã e uma calcinha negra cravada no traseiro, deixando a mostra sua bunda perfeita.

O tempo passou, as carnes ficaram prontas e eles jogaram conversa fora. Foi quando o caçador chamou Koute para dar uma volta e ver se as feras não estavam pela área. Koute hesitou em deixar Corlin sozinha, mas logo foi confiando nas outras pessoas da caverna.

Os dois saíram e sondaram a área por um tempo, mas não encontraram nenhum sinal da fera.

– O que você acha de voltarmos? – Koute sugeriu.

– Está preocupado com Corlin? – O caçador perguntou.

– Não é isso, apenas acho que não vamos encontrar as feras.

– Acho que deveria estar preocupado.

– O que você quer dizer? – Koute estava suspeitando de algo.

Um sorriso medonho se formou no rosto do caçador e seus olhos se esbugalharam. Ele continuou: – Vai saber.

– Desgraçado! O que você fez?! – Questionou Koute enquanto encarava o caçador.

– Eu não fiz nada, mas se quiser brigar, não terá mais tempo de salvá-la. – O caçador respondeu enquanto lutava para não rir.

– Tsk!

Koute correu em desespero, ainda conseguindo ouvir as gargalhadas do caçador a distância. Certamente algo havia acontecido. A floresta densa não permitiu que ele se movesse livremente, mas isso não o impediu de correr loucamente. Não demorou muito para encontrar a caverna, já que a fogueira fez o favor de sinalizar o lugar.

– …

Koute ficou em silêncio ao ver o que tinha lá dentro, mas logo ele foi tomado por uma fúria incontrolável.

Sua pele se transformou em ouro e seus dentes se tornaram afiadas lâminas de prata. Seu corpo cresceu para mais de 20 metros de altura e ele se levantou sobre 4 patas enquanto 8 asas cresciam em suas costas. As árvores ao redor foram destruídas por sua transformação e, definitivamente, Koute se tornou um dragão.

Ou melhor, Koute voltou a ser um dragão.