Humanos X Sistema (NOVEL) - Capítulo 22
Após Kytes dar a ordem, a Morte foi em forma de sombra rapidamente até a garota e pegou a criatura dentro dela, correção, as criaturas! Rostos familiares para a Morte e que ela não esperava ver tão cedo. Kraken, o governante dos mares, Potis, o governante da terra e Hoker, o governante dos ares!
– … Quem diabos são esses cornos? – Perguntou Kytes confuso. – De qualquer forma, a hostilidade não veio deles.
– Também não faço ideia de quem são. – Afirmou Serturius enquanto tomava uma pose relaxada.
– … – Um deles se levantou, com uma aparência esbelta e um terno negro, era a cara do advogado do Diabo. – Foi mal por vir sem aviso. – Esse era Potis.
– Foi mal um caralho! Eu vou a onde quiser! – Exclamou um homem bonito de calça e camisa casuais, esse era Hoker.
– Dá pra se calar, Hoker, você só fala merda. – Comentou o mais baixinho entre eles, com longos cabelos negros e um corpo magro, suas pupilas eram semelhantes a um enorme abismo. – Ah, tem água no ar daqui, VAI TOMA NO CU, POR QUE SÓ NAQUELE INFERNO NÃO TEM ÁGUA? – Ele berrou, esse é o Kraken.
– Talvez porquê seja o inferno?… – A Morte respondeu ao Kraken, e aquilo deixou Kytes meio espantado, já que ela quase não fala.
– … – Kraken olhou para a morte em silêncio, depois olhou para o Potis. – Não tinha outra maneira de criar aquele lugar?
– Claro que tinha, mas te ver queimar é a coisa mais gratificante que existe! – Hoker se intrometeu.
– Potis, posso matar o pombo? – Perguntou Kraken.
– A vontade. – Respondeu Potis.
Os dois já estavam se preparando para cair na porrada quando soou o som de duas palmas pelo ar, Kytes foi o responsável por isso.
– Posso saber o que estão caçando aqui? Não coloco fé que foi a garota que trouxe todos vocês. – Disse Kytes.
– Realmente, não existe um humano que possa invocar um governante, quem dirá três a mesmo tempo. – Potis, de maneira presunçosa, respondeu.
– … Potis. – Kraken e Hoker falaram juntamente. – Você tem que aprender a ser mais humilde.
– De qualquer forma. – Dizia o Kraken enquanto se levantava. – Viemos aqui porque precisamos fazer três coisas: Primeiro, verificar porque as criaturas não estão morrendo. Segundo, a tia que controla a existência pediu pra gente dar uma força aqui. Terceiro, eu precisava matar a saudade da minha querida Morte.
– … Ei, Morte, do que tu sabe? – Perguntou Kytes.
– Eles são os três anciões que governam as criaturas. Potis é um arrombado, Hoker é um depósito de porra revoltado e Kraken é um vagabundo com o pé na cova. – Respondeu a Morte.
– Que saudade de uma guerra… – Comentou Potis.
– Oi! Calma lá! A gente não veio aqui pra guerrear. – Afirmou o Kraken.
– Ei, Kraken, eu quero muito matar ela. – Afirmou Hoker.
– Hummm. – Kytes estava pensando no que fazer. – Morte, se vira ai, vou tomar uma cerveja. Sertuirius, cuida do pessoal e depois leva ele pro bar o algo assim, eles merecem!
– Okay! – Serturius foi ver como os outros soldados estavam enquanto Kytes dava suas costas e saia andando, com Corlin o seguindo.
A Morte ficou lá dialogando com aqueles três seres, Kytes e Corlin saíram de lá o quanto antes, aquilo não ia acabar tão cedo.
– Ei, Corlin, você bebe o que? – Perguntou Kytes.
– O que tiver eu mando pra dentro, mas você não devia estar preocupado com aqueles três? – Perguntou Corlin.
– Não, pelo que eu entendi, uma pessoa aliada mandou eles, então não deve ter problemas.
– E como você sabe disso?
– Ele se referiu a essa pessoa como “tia que controla a existência”, o que mais me preocupa é que se eles são os três anciões mesmos, o Bardo da Destruição deveria ter aparecido… – Falou Kytes.
– Não to conseguindo acompanhar. – Retrucou Corlin.
– De forma resumida, aqueles três ali são as mais fortes criaturas e por causa disso, sempre que eles surgem, um cara chamado Bardo da Destruição vem ver o que tá pegando… mas não veio ninguém.
– Isso me parece ruim.
– Realmente, mas por hora vamos ver como Cássio estar. – Afirmou Kytes.
– Okay. – Respondeu Corlin.
Os dois andaram até o lugar em que On1p levou Cássio, era um prédio realmente formidável, e ao se aproximarem, viram On1p do lado de fora fumando um cigarro.
– Como ele tá? – Perguntou Kytes.
– Tá melhorando, os efeitos de herdar o poder do Glutão estão começando a entrar em ação. – Respondeu On1p.
– Isso não seria um teste comum? – Corlin intrometeu-se.
– É, seria. – Respondeu Kytes. – Corlin, você pode esperar aqui com o On1p?
– … Tá bom. – Corlin assentiu.
Kytes foi andando, subindo as escadas se viu pensativo, é quase um milagre Cássio ter sobrevivido, o poder daquela época era muito mais potente que os de hoje. Ao chegar no quarto em que Cássio descansava, se aproximou dele e percebeu o jovem com os olhos levemente aberto.
– Você é duro na queda mesmo em. – Comentou Kytes sarcasticamente.
– Eu não fiz praticamente nada… – Retrucou Cássio.
– Não é bem assim.
– Kytes, se estou certo você também é o Gabriel, posso te fazer uma pergunta?
– … A vontade, mas devo lhe dizer que sempre me chame de Kytes.
– Muito bem, aquilo que vivi foi falso? – Perguntou Cássio.
– Não, você voltou no tempo com o poder de Glutão, mas eu não sei em qual linha do tempo você voltou. – Respondeu Kytes.
– Hum.
– Por que não pergunta para Glutão?
– É possível?
“É claro que é possível! Imbecil!” Essas palavras vieram de algum canto do quarto, mas não era possível identificar. “Cá entre nós, você estava a um dois passos atrás do original… mas um pouco e você estaria nessa linha do tempo.”
– Então você está viva… – Disse Cássio com dificuldade.
“Eu sou uma voz… como eu estaria viva?”
– Realmente.
“Bem, você não tem tempo para perder! Vá para o campo de batalha o quanto antes! Até mais, Cássio.”
– … Até mais. – Cássio se despediu.
Foi uma conversa rápida, mas que respondeu a várias perguntas que Cássio se fazia.